Outubro Rosa: Conscientização e Prevenção do Câncer de Mama

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Publicado em 10 de outubro de 2024, por Bruno Barbosa | Categoria: Destaque
O Outubro Rosa é o mês de conscientização dedicada ao combate ao câncer de mama.

O Outubro Rosa é uma campanha mundial de conscientização dedicada ao combate ao câncer de mama, incentivando o diagnóstico precoce e promovendo informações de prevenção e tratamento. Durante o mês de outubro, governos, instituições de saúde, empresas e a sociedade em geral se mobilizaram para destacar a importância do cuidado com a saúde das mulheres, com atividades que envolvem desde iluminação de monumentos com o cor rosa até eventos educativos e ações de saúde .

 

A Origem do Movimento

O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos, nos anos 1990, a partir de campanhas promovidas pela fundação Susan G. Komen for the Cure, uma das maiores organizações de apoio a pessoas com câncer de mama. Em 1990, durante a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque, foram distribuídos laços cor-de-rosa, que logo se tornaram um símbolo internacional da causa. A cor rosa foi escolhida por sua associação à feminilidade, à delicadeza e ao cuidado com a saúde feminina.

No Brasil, o Outubro Rosa foi anunciado em 2002, e, desde então, diversos monumentos, como o Cristo Redentor, em São Paulo, são iluminados em rosa para marcar o início das atividades de conscientização.

 

O Câncer de Mama no Brasil e no Mundo

O câncer de mama é um dos tipos mais comuns de câncer entre mulheres em todo o mundo e também no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele é o tipo de câncer que mais afeta mulheres em todas as regiões do país, com exceção do câncer de pele não melanoma. Em 2022, o INCA estimou mais de 66 mil novos casos de câncer de mama, e o número de óbitos anuais gira em torno de 18 mil. Internacionalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada ano, 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres, e cerca de 685 mil morrem em decorrência da doença.

O risco de desenvolver câncer de mama aumenta com a idade: é mais comum em mulheres a partir dos 50 anos. Outros fatores de risco incluem histórico familiar de câncer, uso de terapia de reposição hormonal, obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de álcool. No entanto, é importante destacar que o câncer de mama também pode ocorrer em mulheres jovens e em homens, embora seja raro no sexo masculino, representando menos de 1% dos casos.

No Brasil, em 2018, com a Lei nº 13.733 instituiu o Mês de conscientização sobre o câncer de mama – outubro rosa, período em que devem ser desenvolvidas as seguintes atividades, entre outras:

I – iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa;

II – promoção de palestras, eventos e atividades educativas;

III – veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners , em folders e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, que contemplem a generalidade do tema.

 

Diagnóstico Precoce: Exames e Autocuidado

O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade. Quando divulgadas no estágio inicial, as chances de sucesso no tratamento são significativamente maiores, ultrapassando 90% das taxas de sobrevivência em cinco anos. Existem alguns métodos para a detecção precoce, sendo os principais:

Mamografia: É o exame mais eficaz para a detecção precoce do câncer de mama e é recomendado para todas as mulheres acima de 50 anos. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o exame gratuitamente dos 50 aos 69 anos, a cada dois anos.

Exame de Mamografia

Autoexame: Apesar de não ser um método de diagnóstico, o autoexame é uma ferramenta importante para que a mulher conheça seu próprio corpo e fique atenta a quaisquer alterações, como nódulos, mudanças na textura da pele, tração ou retração dos mamilos.

Ultrassonografia: Frequentemente utilizada em mulheres jovens ou com mamas densas, a ultrassonografia pode complementar a mamografia em alguns casos e contribuir para diagnósticos mais detalhados.

Exame de Ultrassonografia

Tratamento e Avanços

O tratamento para o câncer de mama pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamentos biológicos. O tipo de tratamento depende do estágio da doença e de suas características biológicas, como a presença de receptores hormonais e de proteínas específicas, como o HER2, que podem influenciar as opções terapêuticas.

Nos últimos anos, o avanço das terapias direcionadas e da medicina personalizada tem fornecido tratamentos mais eficazes e menos invasivos. A imunoterapia e as terapias-alvo são exemplos de avanços que melhoram para tratamentos mais adequados às características de cada paciente, reduzindo os efeitos colaterais e melhorando os índices de cura.

Importância da Conscientização e Prevenção

O Outubro Rosa reforça que a informação é uma das maiores aliadas no combate ao câncer de mama. Campanhas de conscientização não apenas incentivam as mulheres a cuidarem de sua saúde, mas também ajudam a combater o estigma da doença e a esclarecer mitos sobre os tratamentos. Além disso, o movimento mobiliza a sociedade, os profissionais da saúde e o poder público para investir em políticas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento acessível, buscando reduzir a mortalidade e aumentar a qualidade de vida dos pacientes.

O Instituto IGPN expressa seu apoio ao movimento Outubro Rosa e reforça a importância da conscientização para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Em alinhamento com a campanha, o Instituto incentiva todas as mulheres a buscarem informações e se prevenirem, por meio de exames periódicos e práticas de autocuidado. Somente com o engajamento coletivo é possível transformar essa realidade e reduzir os índices da doença. Neste Outubro Rosa, o IGPN reforça: cuidar da saúde é um ato de amor próprio e de valorização da vida.


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